Os pesquisadores da Universidad da California em Irvine (UCI) ligaram correntes fotossensíveis à membranas plásticas comuns e adicionaram água. O dispositivo que eles criaram é descrito como semelhante às tecnologias fotovoltaicas existentes, mas diferente de forma fundamental: a eletricidade é gerada através de íons em vez de elétrons.
Os pesquisadores dizem que seu dispositivo, chamado de bomba de protões sintética movida pela luz, poderia ser usado praticamente para a dessalinização da água do mar a um baixo custo. «Os materiais usados para criar esse dispositivo podem ser extremamente baratos», disse Shane Ardo, principal autor do artigo publicado na revista Joule. «Estamos falando de plástico comum de polietileno, moléculas tingidas que absorvem luz e água».
O dispositivo é baseado em duas camadas de membranas de transporte de iões revestidas com corantes. Quando atingido com luz solar simulada, o corante libera íons. Os protões carregados positivamente passam por uma camada, enquanto os hidróxidos carregados negativamente passam através da outra. Nos testes, as membranas desenvolvidas pela equipe de Ardo geraram uma média de 60 milivolts.
O conceito de tal dispositivo existe há algum tempo, de acordo com os pesquisadores, mas pesquisas anteriores não conseguiram produzir um dispositivo útil. «Houve outros experimentos que remontam à década de 1980, quando os materiais foram fotoexcitados através de uma corrente iónica», explicou o autor principal, William White. «Estudos teóricos disseram que essas correntes poderiam alcançar os mesmos níveis que seus análises eletrônicos, mas nenhuma delas funcionou tão bem».
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