Chile planeja exportar eletricidade solar por meio de cabo submarino para a Ásia

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ACESOL, Associação Chilena de Energia Solar, publicou em seu perfil do Linkedin um anúncio feito esta quinta-feira pelo Presidente do Chile, Sebastián Piñera, durante o Encontro Nacional de Empresários (ENADE): o Governo estuda um projeto para exportar eletricidade gerada por energia solar energia do deserto do Atacama à Ásia por um longo cabo submarino, e é chamado de Antípodas.

Piñera explicou que a ideia consiste em vender energia limpa – ele calcula entre 200 mil e 600 mil MW [sic] – para países asiáticos quando é dia no Chile e é noite, ou quando é inverno na Ásia e verão no hemisfério sul.

“Temos os desertos com a maior radiação solar do mundo e um potencial gigantesco de geração de energia solar limpa, renovável e econômica, que podemos exportar em nossos dias para abastecer os países asiáticos”, disse Piñera.

O presidente esclareceu que a ideia é particularmente ambiciosa e que para realizá-la são necessários estudos e alianças estratégicas com grandes economias asiáticas. O cabo deve ter cerca de 15.000 km de comprimento, e apenas construir um cabo de 1.300 km custaria US $ 2 bilhões, de acordo com algumas fontes. Além disso, seria necessário investir em novas usinas solares, já que o Chile tem 3.106 MW de energia fotovoltaica instalados de acordo com a IRENA.

Na Europa, a empresa britânica Xlinks anunciou na primavera que planeja construir 10,5 GW de energia eólica e solar no Marrocos e vender a energia gerada pela enorme usina de 10,5 GW no Reino Unido. Isso seria possível graças a uma linha de transmissão de corrente contínua de alta tensão (HVDC) de 3.800 km. No total, a Xlinks esperava investir cerca de 18 bilhões de libras (cerca de 24,103 milhões de dólares).