Solar pode atrair investimentos de R$ 50 bilhões para o Brasil em 2022

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Projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que em 2022 a fonte solar fotovoltaica poderá atrair mais de R$ 50,8 bilhões em novos investimentos, somando os segmentos de geração distribuída (sistemas de prosumidores com até 5 MW) e geração centralizada. A  expectativa é que sejam adicionados mais 12 GW de potência instalada, somando as usinas de grande porte, que devem acrescentar 3,2 GW, e os sistemas de geração distribuída, com mais 8,9 GW neste ano. Isso representará um crescimento de mais de 91,7% sobre a capacidade instalada atual do país, que é de 13 GW.

Para a geração distribuída de energia solar fotovoltaica, a Absolar projeta um crescimento de 105% frente ao total já instalado até 2021, passando dos atuais 8,3 GW para 17,2 GW. Já no segmento de usinas solares de grande porte, o crescimento previsto é de 67,8%, saindo de 4,6 GW para 7,8 GW.

Dos R$ 50,8 bilhões de investimentos previstos para este ano, a geração distribuída corresponderá a cerca de R$ 40,6 bilhões.

Essas projeções consideram tanto o ritmo de crescimento histórico observado nos últimos anos quanto os investimentos e projetos já anunciados por empreendedores e já contratados, no caso dos leilões de geração centralizada.

Com as novas instalações realizadas neste ano, o setor fotovoltaico deverá gerar mais de 357 mil novos empregos no Brasil. Segundo a avaliação da entidade, os novos investimentos privados no setor poderão ultrapassar a cifra de R$ 50,8 bilhões em 2022. As perspectivas para o setor são de chegar ao final de 2022 com um total acumulado de mais de 747 mil empregos no Brasil desde 2012, distribuídos entre todos os elos produtivos do setor.

A maior parcela destes postos de trabalho deverá vir do segmento de geração distribuída de energia solar, que serão responsáveis por mais de 251 mil empregos neste ano. 

A associação projeta, ainda, que o setor solar fotovoltaico brasileiro será responsável por um aumento líquido na arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais de mais de R$ 15,8 bilhões este ano. Isso contribui para o fortalecimento dos orçamentos públicos e a prestação de melhores serviços para a sociedade brasileira. O valor já contabiliza a economia dos consumidores em suas contas de eletricidade, mostrando que o benefício econômico do setor é favorável também para o poder público.

Segundo a Absolar, 2022 poderá ser o melhor ano da energia solar na história do Brasil desde 2012, com o maior crescimento do mercado e do setor na última década. De acordo com análise da entidade, a geração própria de energia cresce a passos largos e deverá praticamente dobrar a potência operacional anualmente instalada, uma vez que a recente sancionada Lei nº 14.300/2022 irá impulsionar a demanda do mercado. Além disso, o aumento nas tarifas de energia elétrica segue com tendências de elevação, pesando no bolso do consumidor que procurará uma solução para diminuir as despesas.

Já na geração centralizada, o forte crescimento de mercado previsto é impulsionado principalmente pelo avanço da fonte solar no chamado Ambiente de Contratação Livre (ACL) de energia elétrica, que deverá ser responsável pela maior parcela das grandes usinas previstas para entrada em operação comercial no ano de 2022.

“Projetamos um crescimento muito robusto da energia solar este ano, impulsionado pelo alto custo na conta de luz e pelos benefícios proporcionados aos consumidores como solução definitiva de garantia de suprimento de eletricidade a preços competitivos. A tecnologia fotovoltaica tem se popularizado cada vez no País, atingindo todas as classes de consumo e provocando um efeito multiplicador na sociedade brasileira”, comenta o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk. 

Para o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, este deverá ser o ano mais radiante já registrado para o mercado solar fotovoltaico brasileiro. “A solar é a fonte renovável mais competitiva do País e uma verdadeira alavanca para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, com geração de emprego e renda, atração de investimentos, diversificação da matriz elétrica e benefícios sistêmicos para todos os consumidores brasileiros. O Brasil tem tudo a ganhar com a fonte e está avançando para se tornar uma grande liderança mundial neste setor, cada vez mais estratégico no mundo”, destaca o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia.