Reservas extrativistas no Amazonas começam a receber sistema de energia solar

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Em outubro do ano passado ocorreu o primeiro seminário, em Brasília, para apresentação do projeto para a instalação da energia fotovoltaica nas reservas extrativistas Médio Purus e Ituxi, no município da Lábrea.

Foram os próprios moradores que optaram pela geração de energia limpa que será aplicada na produção de gelo e incrementação da produção de pescado e frutas perecíveis, como açaí e cacau. Além disso, as comunidades poderão desfrutar de mais tempo de eletricidade para aulas noturnas nas escolas, centros de informática e aumento de captação de água por poços artesianos ou da chuva, com bombeamento e filtração.

O objetivo é usar esse tipo de energia de origem limpa para reduzir a gerada a partir do óleo diesel e da gasolina, além de aumentar a produção local.

Segundo Benedito Clemente de Souza, morador da Resex Médio Purus, diz que a energia propiciará uma verdadeira revolução na comunidade. “Tomar água gelada nesse calor que vivemos e ter um peixe resfriado sem ter que salgar, sabendo que já tem gente com problema de pressão alta por causa do sal, isso tem muito valor para nós”, afirmou Souza.

Portanto, já foram instalados 4 sistemas, da primeira fase do projeto, nos quais 3 deles na comunidade Volta do Bucho, na Resex Ituxi com: um sistema para bombeamento de água de poço, um para refrigeração e outro para uso de equipamentos produtivos.

Tudo isso é resultado do edital de doação do ministério que concorreu o WWF, com o apoio do ICMBIO, e receberam 35 kw de energia solar fotovoltaica.

Conforme o analista de conservação do WWF-Brasil, “O equipamento funcionou bem, com algumas adaptações, o que mostra a durabilidade e a importância. O que não podia ser usado pelo Programa Luz para Todos, agora vai impulsar a produção sustentável extrativista na Amazônia”.