Projeto de geração híbrida ‘solar-hídrica’ será desenvolvido em Goiás

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ENGIE e Grupo BC energia anunciaram parceria, nesta terça-feira, 24, para o desenvolvimento de um projeto de usina híbrida ‘solar-hídrica’ no município de Caiapônia, sudoeste goiano, a 318 km de Goiânia.

O projeto de geração hidrelétrica foi desenvolvido pela ENGIE e tem conclusão prevista para início de 2019.

“Para implantação do projeto, a BC Renováveis, responsável pelos ativos de geração do grupo BC Energia, procurou a ENGIE, uma das principais empresas do segmento de geração solar fotovoltaica do país, para realizar o empreendimento no modelo turnkey pela relevância e solidez da empresa no setor de geração de energias renováveis”, explica Cunha. “Essa parceria firmada representa o fortalecimento das empresas de forma regional e nacional. De um lado a ENGIE, uma empresa referência mundial em energia solar fotovoltaica, e, de outro, o Grupo BC Energia atuando no setor elétrico com geração e comercialização desde 2014, uma referência no Estado de Goiás”, completa.

A BC Energia, que já conta com duas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) Rio Bonito I e II, com potência total instalada de 1.900 kVA, instalará a usina no complexo Rio Bonito de propriedade do Grupo.

O investimento previsto é de R$ 16 milhões, sendo R$ 4,3 milhões na parte solar e, quando estiver em funcionamento, o complexo solar-hídrico deverá produzir energia suficiente para abastecer uma cidade com 33.000 residências.

Com relação ao volume de energia a ser injetado na rede, o empreendimento é o maior sistema de geração híbrida do estado de Goiás e um dos maiores do Brasil, na modalidade de compensação, em que o excedente de energia não consumido no momento da geração é transformado em créditos junto à concessionária de energia para consumo futuro.

“Os clientes da usina híbrida terão o benefício financeiro da geração própria de energia e ainda colaboram com o meio ambiente produzindo e consumindo energia descarbonizada e renovável”, explica Rodrigo Kimura, diretor de Operações da ENGIE Geração Solar Distribuída.

Serão 142 unidades consumidoras o equivalente a 20% das atuais unidades de Geração Distribuída do Estado de Goiás que passarão a desfrutar da autoprodução. As plantas de geração do complexo foram locadas por três grandes grupos de varejo regionais.

Serão instalados, em uma área de 14.000 metros quadrados, 3.780 módulos solares que estarão localizados ao lado da usina hidrelétrica. A potência contratada é de 1,25 MW. “Porém o projeto já está sendo ampliando para 1,50 MW e, com a otimização dos sistemas, irá gerar um total de 11.000 MWh/ano, sendo 8.000 MWh/ano de fonte hídrica e 3.000 MWh/ano de fonte solar fotovoltaica”, explica Carlos Cunha, vice-presidente do Grupo BC Energia.

A usina híbrida consegue manter uma regularidade de geração ao longo do ano, devido a união entre a geração solar fotovoltaica com a geração hídrica. Nos períodos secos, em que as Centrais Geradoras Hidrelétricas têm uma redução significativa, a unidade solar consegue manter a média de energia elétrica injetada na rede da distribuidora.

Cunha conclui dizendo: “O conceito de sistemas híbridos pode viabilizar economicamente muitos projetos de geração distribuída. Acreditamos que ter uma fonte que seja complementar à solar e que ofereça um volume de energia injetada em horários nos quais a rede está sofrendo uma demanda maior, no caso à noite, será benéfico ao sistema.”