Neste ano, 2.000 MW de energia solar foram comercializados no mercado livre do Brasil

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O mercado livre de energia no Brasil ganhou um forte aliado neste ano. O uso das fontes solares fotovoltaicas no Ambiente de Contratação Livre (ACL) tornou-se uma estratégia de negócios essencial para os varejistas diversificarem seu portfólio e aumentarem seus projetos no país.

O Brasil deve fechar 2018 com cerca de 2.000 MW de energia solar fotovoltaica comercializada no mercado de energia livre, de acordo com um estudo recente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

A estratégia de crescimento dos varejistas de energia solar baseia-se no fato de que a fonte fotovoltaica atingiu um alto nível de competitividade no país, especialmente no último leilão de energia nova, com preço negociado de US $ 118,07 MWh. , considerada uma fonte de referência de energia tanto no mercado tradicional regulado de geração e distribuição de energia quanto no da Contratação Livre.

Neste leilão, a energia solar fotovoltaica vendeu eletricidade a preços mais baixos do que outras fontes renováveis, como usinas hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa, o que indicou a competitividade da fonte para os varejistas.

Outro fator determinante para a competitividade da fonte é a redução dos preços de equipamentos observada na última década, além da recuperação do real frente ao dólar neste ano e da alta competição de mercado entre os empresários.

No entanto, os especialistas defendem algumas medidas fundamentais para realmente consolidar a fonte solar no mercado livre de energia, incluindo uma estruturação financeira adequada, a implementação de projetos, a conexão com a rede e regras claras para a comercialização. Outro ponto defendido pelo setor é a criação de instrumentos legais e regulatórios que garantam a igualdade nos processos entre ambientes livres e regulados.

Além dos varejistas, o uso de energia solar fotovoltaica no mercado de energia livre também é visto com grande entusiasmo pelos próprios consumidores, com sistemas de autogeração em residências, empresas e indústrias. Isso porque há uma grande discussão no país para autorizar a venda dos excedentes de geração distribuídos no TLC, medida que deve ser implementada nos próximos anos.