Jinko Solar prevê entregar mais de 1 GW no Brasil em 2021

Share

Com parcerias firmadas com seis distribuidoras de equipamentos fotovoltaicos no Brasil, a Jinko espera entregar 1 GW em módulos fotovoltaicos no país neste ano, dos quais 90% aproximadamente para a geração distribuída, segundo o gerente de vendas da companhia no Brasil, Eduardo Gama Tamburus. O volume representa um crescimento de 100% em comparação com 2020.

A geração distribuída é atendida exclusivamente através das parcerias com as distribuidoras Aldo, Fortlev, PHB, WDC, GoSolar e Edmond. «De outubro para cá a gente firmou uma parceria mesmo com esses seis distribuidores, alguns deles a gente já trabalhava antes, outros vieram agora. Mas a gente optou em trabalhar somente com esses seis distribuidores esse ano e para o ano que vamos continuar», comenta o executivo.

Um estudo de mercado da consultoria Greener identificou 427 MWp importados da companhia para atender ao mercado brasileiro de GD no primeiro semestre de 2021.  

«A Jinko desenvolveu muito no mercado de geração distribuída esse ano. Esse ano foi o nosso principal mercado. E conversando com os nossos parceiros, discutindo os planos para o ano que vem, a gente acredita que o crescimento vai ser ainda mais surpreendente. Então a gente mantém a parte de geração centralizada como algo estratégico e extremamente importante, mas o que vai trazer um ótimo crescimento em comparação com esse ano, vai ser o mercado de distribuição», diz Tamburus.

Para a geração centralizada, o executivo vê um impacto maior dos gargalos na cadeia produtiva, que levaram a um aumento do preço dos módulos neste ano. «A geração centralizada tem sofrido bastante com toda essa turbulência do mercado. A gente tem alguns contratos que vão ser entregues daqui pra frente e a gente tá tratando caso a caso, como gerenciar isso para proteger nossos clientes. O preço do módulo estabilizando no começo do ano que vem eu acho que vai voltar a aquecer o mercado de geração centralizado que esfriou um pouco esse ano por conta do tudo que aconteceu», diz. 

A estratégia da Jinko para lidar com esses gargalos da cadeia tem sido a transparência, reportando todas as informações disponíveis, especialmente sobre o mercado chinês para os clientes no Brasil, tanto os distribuidores de GD quanto os projetos de geração centralizada. A ideia é informar sobre a capacidade de atendimento da indústria para que os clientes tomem as decisões estrategicamente e se preparem para o crescimento acelerado previsto para os próximos três a cinco anos.

Aposta no n-type 

Para os próximos dois anos, a Jinko acredita que os módulos mono perc n-type se tornarão o seu principal produto para atender ao mercado. «Hoje a gente tá em transição entre mono perc p-type para o mono-perc n-type, que é a próxima geração. Além de conseguir atingir uma potência mais alta ele traz algumas melhorias em relação a degradação do módulo, que é menor no primeiro ano, como 2% para o p-type e 1% para o n-type. E a degradação ao longo dos anos, do segundo ano até o último ano de garantia, que no caso do n-type vai ser de trinta anos, é menor do que comparado com os p-type», diz Tamburus.