O mercado solar voltou a crescer no Brasil, em meio ao segundo ano de pandemia de Covid 19, após apenas repetir em 2020 os números alcançados em 2019. Segundo o estudo estratégico mais recente da Greener, apenas no primeiro semestre de 2021, o país importou 4,88 GWp de módulos fotovoltaicos. Com isso, 2021 já supera os 4,76 GWp importados em todo o ano de 2020. Só no primeiro semestre do ano passado foram 2,247 GWp e o segundo semestre foi mais forte, com 2,311 GW.
Esse volume de equipamentos deve movimentar R$ 20 bilhões no Brasil, diz o diretor da Greener, Marcio Takata.
Apesar de estar relacionada a demanda do mercado, a importação de módulos e inversores não reflete o volume de capacidade instalada. No primeiro semestre de 2021, foram instalados 1.450 MW de geração distribuída e apenas 63 MW de geração centralizada. Em 2020, foram adicionados 2.644 MW de geração distribuída e 793 MW de geração centralizada, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica.
“A gente começou a sentir essa retomada já no final do ano passado, quando teve uma aceleração de projetos para GD. Isso foi um dos fatores que fez o primeiro semestre ser acelerado, até para recompor estoques”, comenta Takata.
Módulos
A grande parte dos módulos usados nas novas instalações no Brasil continua sendo importada. A participação dos módulos nacionais ficou ainda menor no primeiro semestre de 2021, representando apenas 1,8% do mercado, frente a 3,8% em 2020 e 3% em 2019.
A Longi foi a marca mais usada de módulos solares no Brasil, com 825 MWp no primeiro semestre de 2021. Além dela, Trina, Canadian e Risen tiveram volumes superiores a 500 MWp. O mercado segue ainda pulverizado, com as 10 principais marcas correspondendo a 82% do mercado, entre 52 marcas atuantes.
Pela primeira vez em um trimestre, os módulos de tecnologia monocristalina PERC se tornaram majoritários – representaram 56% das instalações no primeiro trimestre de 2021 e 52% no segundo. Módulos PoliStandard (Std) continuam perdendo espaço – saíram de uma participação de 77% no primeiro trimestre de 2019 para 14% em igual período de 2021. As tecnologias PERC contabilizaram 66% da potência importada no último trimestre.
Inversores
No primeiro semestre de 2021, os inversores de maior porte (mais de 50 kW) corresponderam a mais de 50% do volume total importado da tecnologia string – o estudo não considera os inversores tipo skid ou central. Nessa faixa de potência, a Sungrow domina, com 853 MW exportados para o Brasil no período. Há atualmente 33 marcas de inversores atuando nesse mercado de maior porte.
Já os inversores de menor potência (menos de 10 kW) correpondem a 29% do volume importado no primeiro semestre. Entre as 64 marcas que atuaram nesse nicho, a Growatt liderou o mercado de menor porte, com o correspondente a 247 MW em equipamentos importados no primeiro semestre.
E a faixa intermediária, entre 10 kW e 49,9 kW, representou 20,5% do volume total importado. Nessa faixa de potência, a líder no primeiro semestre foi a WEG, com 183 MW importados, entre 43 marcas.
6 GW de geração distribuída
Em junho de 2021, a geração distribuída de energia solar no Brasil ultrapassou a marca de 6 GW de potência instalada, chegando a 6.142 MW. No primeiro semestre foram adicionados 1.450 MW, contra 1.296 MW em igual período de 2020. Em 2021, até junho, houve um crescimento de 30% em relação a dezembro de 2020, quando a GDFV acumulava 4.692 MW.
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