O Brasil conta com uma oferta de 17,9 GW de projetos solares centralizados já com outorgas publicadas pela agência reguladora Aneel, de acordo com levantamento da consultoria Greener. Esses projetos se concentram em Minas Gerais (5,1 GW), Bahia (2,9 GW) e Pernambuco (2,5 GW). Já com despacho de requerimento de outorga (DRO), etapa mais inicial dos projetos, são 98,9 GW. Essa oferta é liderada por Minas Gerais (37,4 GW), Bahia (17,7 GW) e Piauí (11,3 GW).
Atualmente, 47% dos empreendimentos outorgados possuem porte superior a 100 MW e 14% superior a 300 MW. O levantamento considera um mesmo projeto, ou complexo fotovoltaico, que consista em um conjunto de usinas fotovoltaicas (SPE’s), compartilhando a mesma infraestrutura de conexão à rede.
Ambiente de contratação
No mercado livre, foram mapeadas 13,3 GW de outorgas para empreendimentos solares no Mercado Livre até jan/2021. Mais de 8,4 GW possuem PPAs firmados de acordo com levantamento da Greener. Nos setores de Mineração e Química estão os consumidores que mais demandaram projetos solares no Mercado Livre.
No mercado regulado, dos 4,6 GW de projetos para o mercado regulado, cerca de 1,2 GW ainda estão em fase de construção ou não iniciaram a construção.
O volume de projetos reforça uma mudança no ambiente de comercialização da energia solar. Atualmente, a maior parte da geração das usinas em operação foi contratada em leilões para o ambiente regulado. Em 2020, os pouco mais de 3 GW então em operação atingiram, no mês de setembro, 638,3 MW médios de geração, sendo que 89,5% deste montante foi comercializado no ACR.
A Aneel prevê uma adição de 15 GW de projetos solares de geração centralizada até 2025, montante consideravelmente superior ao apontado no PDE 2029 da Empresa de Pesquisa Energética, que prevê no mesmo período 4,142 GW no cenário de referência. Mas a maior parte dos projeto constitui empreendimentos destinados ao mercado livre. Apenas 1,5 GW serão destinados ao ambiente de contratação regulada. Mais de 13 GW do total ainda não iniciou a construção.
Tendencias tecnológicas
Módulos bifaciais se tornaram um padrão em grandes empreendimentos no Brasil. Dos contratos mapeados (ACR e ACL) em 2020, 100% irão utilizar módulos bifaciais.
A topologia string vem crescendo no mercado brasileiro de Geração Centralizada. Dos contratos mapeados pela Greener em 2020/2021, cerca de 66% irão utilizar inversores string.
Do total acumulado de 7.357 MWp de módulos adquiridos no Brasil mapeados pela Greener, 89,5% foram importados. Só no período de 2020 e 2021, 97% do fornecimento dos módulos contratados tem origem internacional, ampliando a participação dos importados.
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