Solar Group prepara novos lançamentos para o segundo semestre

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Em operação desde 2016, a Solar Group entregou o equivalente a 3 GW de capacidade no Brasil em estruturas metálicas de fixação para módulos fotovoltaicos em telhados, sendo quase a metade, 1,3 GW entregues só no ano passado. Com a ampliação da capacidade produtiva e o lançamento de novos produtos neste ano, a expectativa é dobrar o volume de vendas em 2022, chegando ao patamar equivalente a 2,5 GW neste ano, disse à pv magazine o gerente de Marketing e Vendas da empresa, Norberto Costa. 

A empresa está investindo quase R$ 19 milhões para aumentar a capacidade produtiva de transformação de alumínio de 800 toneladas por mês atualmente para 1500 toneladas por mês. Quando a ampliação da fábrica estiver operacional, a empresa pode ampliar em atém 20% seu quadro de colaboradores.

Para o segundo semestre também está previsto o lançamento das estruturas de solo para usinas de até 3 MW. Até o momento, a Solar Group fabrica exclusivamente estruturas para telhados. Há, de acordo com Costa,  planos para lançar novos produtos ainda no segundo semestre. A ideia é continuar mirando o mercado de geração distribuída.

Expectativas para 2022

“A gente ainda está acreditando que será um grande ano. Claro, existem preocupações, por exemplo esse aumento dos juros. Um financiamento de R$ 300 mil está custando R$ 90 mil. É necessário um maior poder aquisitivo para fazer, esses números impactam bastante a atratividade do financiamento e hoje uma grande parte dos sistemas é financiada. Você vê que o cliente começa a pensar se vale a pena fazer agora”. Por outro lado, observa, as tarifas reguladas de energia continuam passando por reajustes altos, o que pode compensar . Acreditamos que o segundo semestre será muito forte. “Conversando com as distribuidoras, percebemos que já estão trabalhando com cenários mais conservadores até o final do ano”, diz Costa.  

 A companhia está se preparando para que, quando essa demanda chegar, possa manter a agilidade nas entregas a partir da fábrica em Santana do Paraíba (SP). Apesar de sua principal matéria prima, o alumínio, ser fornecida pelo mercado nacional, as restrições enfrentadas pela indústria global, especialmente aumento de custos de outros equipamentos e dificuldades logísticas, acabam afetando indiretamente o negócio da empresa, quando distribuidores de equipamentos seguram a demanda por não ter outros componentes do kit fotovoltaico. “Aconteceu conosco no começo do ano. E precisamos estar prontos para atender rapidamente quando a demanda chega”, diz Costa. Ele assegura que os pedidos podem ser atendidos em até 15 dias no Brasil. As distribuidoras de equipamentos e demais clientes são responsáveis pelo frete das estruturas metálicas. 

Novos mercados

Além dos investimentos na ampliação da fábrica, a companhia está retomando conversas com parceiros em países vizinhos para expandir sua participação no mercado latino americano. “A Solar Group chegou a realizar algumas vendas pontuais, mas com a pandemia nos últimos dois anos isso ficou parado. Agora estamos retomando as reuniões e conversas com possíveis parceiros, mirando principalmente países em que há políticas específicas para solar, como Chile, Argentina e Colômbia”, diz o gerente comercial da companhia.