A petroleira anglo-holandesa Shell acaba de lançar no Brasil a marca Shell Energy, seu segmento de atuação da empresa voltado para a transição energética e descarbonização. Assim, o Brasil será um dos mercados estratégicos para a Shell Energy, subsidiária que até agora só existia na Europa, Estados Unidos (2020) e Austrália (2021).
A empresa anunciou nesta terça-feira que fará investimentos de até 3 bilhões de reais (cerca de 577 milhões de dólares) em projetos de energia renovável ou de baixo carbono no Brasil até 2025.
Serão principalmente centrais solares e eólicas, mas também prevê um gerador a gás natural que construirá no âmbito de uma joint-venture entre o Pátria Investimentos (50,1%), Grupo Shell (29,9%) e Mitsubishi Hitachi Power Systems (20%), conforme anunciado pela multinacional em entrevista coletiva em que lançou a marca Shell Energy no Brasil.
O primeiro projeto, denominado Aquarii, será uma usina solar que a empresa construirá em Minas Gerais. A pv magazine já anunciou há alguns meses: será construído em parceria de 50% com a siderúrgica brasileira Gerdau, e terá capacidade para produzir 190 MW de energia a partir de 2024. Parte da energia (50%) será vendida pela Shell Energy no mercado aberto, enquanto a outra parte irá para as unidades de produção de aço da Gerdau.
No total, possui projetos para a construção de mais cinco parques de energia solar, totalizando 2 GW. O plano da empresa é chegar a até 5 GW de energias renováveis até 2025.
Mas os negócios da Shell Energy Brasil vão produzir e comercializar eletricidade limpa a partir de usinas solares e eólicas, e energia de baixo carbono a partir de termelétricas a gás, além de oferecer produtos ambientais como Certificados de Energia Renovável e compensações de carbono. A empresa faz parte da ambiciosa meta da Shell de atingir emissões líquidas zero até 2050.
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