Petrobras vai fabricar módulos solares flexíveis

Share

A Petrobras está trabalhando com a perspectiva de entrar no mercado para produzir e vender uma nova geração de painéis solares flexíveis, de acordo com a empresa de comunicações brasileira EBC. Para isso, a petroleira assinou um acordo de cooperação com o Centro Suíço de Tecnologia e Microtecnologia do Brasil (CSEM), cuja sede fica em Minas Gerais.

«Painéis fotovoltaicos flexíveis são uma solução tecnológica interessante para o futuro da energia», diz Oscar Chamberlain, gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro de Pesquisas da Petrobras. Ele explica que esses painéis são uma nova maneira de produzir eletricidade através da fonte solar e, sendo feitos de um material flexível e transparente, podem ser usados ​​em roupas, telefonia móvel, carros e veículos ou na fachada de edifícios.

Os desenvolvimentos do CSEM Brasil nesta área já atingiram uma escala quase comercial. No caso da Petrobras, o interesse é avançar um pouco mais nessa fronteira de conhecimento e trabalhar no desenvolvimento conjunto de um novo componente desses painéis, feitos de polímeros, onde os compostos orgânicos são colocados com a capacidade de atuar como células fotovoltaicas.

A Petrobras quer trabalhar com painéis de perovskita flexíveis. Energias renováveis, especialmente solar e eólica, são prioridade no plano de investimentos da Petrobras desde que a companhia anunciou sua entrada no negócio da energia solar em julho. «Dentro das estratégias da energia renovável, o objetivo é operar em negócios de energia renovável de forma lucrativa «, disse a empresa.

Petrobras tem projetos para entrar gradualmente no mercado de geração solar distribuída. O Plano de Negócio e Gestão de 2019 a 2023 ainda não contempla que a Petrobras entre no mercado para a produção e comercialização de painéis solares flexíveis.

Os componentes químicos que serão depositados nos filmes poliméricos serão testados e desenvolvidos no CSEM Brasil, podendo evoluir para outras escalas. A Petrobras espera ter os primeiros resultados das investigações já no primeiro ano de cooperação. Os filmes obtidos serão produzidos e comparados com os compostos comerciais atualmente disponíveis.