Os PPAs assinados no mercado livre no Brasil cresceram 2,6 vezes desde janeiro de 2020, de acordo com um estudo

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A CELA Clean Energy Latin America, empresa de assessoria financeira e consultoria estratégica em energias renováveis, acaba de publicar um estudo sobre os PPAs firmados por empresas eólicas e solares no mercado livre no Brasil.

O estudo é baseado em entrevistas e questionários conduzidos por oito das maiores empresas de geração de energia renovável do país, que possuem mais de 4,3 GW de capacidade renovável operacional instalada no Brasil.

Foram analisados 70 PPAs já firmados no Ambiente de Contratação Livre (ACL), equivalentes a 1,7 GW. Em termos de capacidade instalada dos projetos com energia contratada no ACL, são cerca de 6,5 GW de projetos (cerca de 5 GWp são projetos fotovoltaicos; e 1,5 GW, eólicos).

A capacidade instalada que foi analisada no estudo com contratos firmados no ACL corresponde a cerca de 30% da capacidade operacional instalada de fontes eólicas e solares no Brasil hoje, somadas.

Quanto às empresas participantes, cinco são empresas de geração de energia com perfil IPP, trata-se de grandes geradoras que pretendem explorar os projetos a longo prazo; e 3 são promotores (empresas que vão vender o projeto em algum momento).

Se comparado ao estudo realizado no ano passado pela mesma empresa, o volume de energia contratada no mercado livre no Brasil cresceu 2,6 vezes entre janeiro de 2020 e março de 2021.

Segundo o CELA, o estudo inclui a evolução do prazo, do preço e da curva de indexação desses PPAs, além das modalidades mais utilizadas, como produção independente de energia e autoprodução, segmentação de compradores, perfil de entrega de energia e dados sobre a estratégia de marketing e vendas das empresas entrevistadas.

Além disso, indica que os primeiros PPAs e financiamentos em moeda estrangeira já foram assinados, e fornece um ranking das empresas com mais PPAs firmados neste segmento.

“Em 2020 e 2021, o setor eólico e solar fotovoltaico está muito mais maduro e as empresas estão cada vez mais preparadas para desenvolver e negociar esses PPAs.

De acordo com o estudo do CELA, as condições dos PPAs, como o prazo e o preço, evoluíram muito, as condições de financiamento tornaram-se mais competitivas e, sobretudo, o perfil dos compradores dessa energia se diversificou para cobrir mais e mais consumidores finais ”, afirma Camila Ramos, CEO do CELA.