Oficinas de costura no Rio Grande do Norte usufruem da energia solar

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O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) lançou um programa de incentivo no Rio Grande do Norte para levar energia solar à fabricação de roupas. A região semiárida de Potiguar possui uma alta taxa de luz natural, o que a torna ideal para o desenvolvimento da tecnologia solar.
Atualmente, o estado possui 124 fábricas que produzem peças sob demanda para grandes empresas do setor têxtil, principalmente Hering e Guararapes.
Uma das empresas que optou pela energia solar foi a JS Silva Confecções, oficina em funcionamento há mais de cinco anos na cidade de Parelhas, a 246 quilômetros de Natal, na região de Seridó, uma das mais áridas do estado.
Segundo Joselito Santos, proprietário da empresa, «o resultado foi excelente» e resultou em uma economia de 200%.
“A conta de energia da empresa estava entre os principais custos e  pesava nos cálculos mensais da fábrica. Há pouco mais de um ano, decidi apostar na energia solar”, acrescentou.
Segundo a gerente do projeto de apoio às confecções do Sebrae, Verônica Melo, devido ao grande potencial do estado, a adoção da energia solar é técnica e economicamente atraente para as pequenas empresas do setor. «Essa substituição permite, em alguns casos, gerar uma redução de 90% no custo da eletricidade em uma oficina de costura», afirmou.
Felipe Oliveira é sócio de uma confecção na cidade de Brejinho, a 48 quilômetros da capital, com um consumo médio mensal de 1.000 kW. Desde a instalação dos painéis fotovoltaicos na empresa, em junho do ano passado, ele possui um excedente mensal de 400 KW por mês, que é utilizado nas residências dos dois parceiros.
A iniciativa lançada pelo Sebrae pode financiar até 50% dos sistemas.