O Senado brasileiro exige do governo maior atenção para a energía solar

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A energia solar é fundamental para o alcance das metas do Acordo de Paris. Foi esta a conclusão feita pela Comissão Senado do Futuro que se reuniu ontem para debater “A energia solar como vetor de desenvolvimento social”.

A comissão, também, insistiu que o potencial da energia solar fotovoltaica ainda está bem abaixo do seu potencial no Brasil, uma vez que tem uma participação de apenas 0,02% na cobertura da demanda nacional de eletricidade, e que o pais “desperdiça a capacidade de produção desse tipo de energia”.

O principal obstáculo, especialmente para a geração distribuída, foi identificado na ausência de linhas de crédito subsidiadas para empresários e potenciais consumidores. “A questão do financiamento é um nó que precisamos resolver e só vamos resolver esse nó com uma decisão política,” disse Everton Lucero, secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente.

Com relação ao crecimento do setor, Hewerton Martins da ABSOLAR, que esteve presente na audiência, disse: “Não é um projeto para o futuro, mas para o presente. Já temos capacidade de produzir, precisamos agora aumentar a escala”.

Durante a audiência, outro importante contribuição foi dado por Alina Gilamanova, pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp), disse que o Brasil poderia se inspirar em outros países como a China que tem um programa de energia solar como instrumento de política social. “Hoje,” disse ela, “30 milhões de chineses contam com energia elétrica graças a uma política subsidiada de produção de energia solar”.