O Instituto Interamericano de Energia Limpa congratula-se com a decisão do governo brasileiro de acabar com a construção de mega-barragens na Amazônia

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Durante anos, as mega-barragens na Amazônia provocaram uma intensa oposição dos povos indígenas, especialistas em energia e economia, organizações sociais e ambientais e milhões de cidadãos no Brasil e em todo o mundo.

Em particular, as campanhas contra as mega barragens de Belo Monte e São Luiz do Tapajós mobilizaram uma ampla coalizão de comunidades indígenas e organizações da sociedade civil que instaram o governo brasileiro a desenvolver os recursos solares e eólicos do país e investir na eficiência energética em em vez de financiar megapresas na Amazônia.

Paulo Pedrosa, Secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia do Brasil, reconheceu o impacto desta resistência social, bem como os altos custos e riscos de mega-barragens, em declarações à O Globo.

Além disso, os fabulosos recursos eólicos e solares do Brasil, os custos decrescentes das tecnologias solar e eólica e os avanços na integração de energia renovável constituíram um argumento econômico convincente para a transição de novas mega-barragens para outras fontes de energia, de acordo com o relatório do Instituto Interamericano de Energia Limpa.

Por exemplo, os projetos solares dominaram o leilão brasileiro realizado em 18 de dezembro de 2017 e os projetos nacionais de energia do Brasil instalarão mais de 40 mil megawatts de energia eólica e solar até 2026, um aumento significativo em relação às projeções anteriores.

Com isso, espera-se que a matriz energética nacional continue a mudar e a integrar mais energia solar e eólica, pequenas usinas hidrelétricas, biomassa e geração descentralizada.

Heather Rosmarin, Diretora Executiva do Instituto Interamericano de Energia Limpa, emitiu a seguinte declaração: «Felicitamos o governo brasileiro por esta decisão histórica de acabar com a construção de mega-barragens na Amazônia e estamos profundamente gratos aos povos indígenas da Amazônia e aos cidadãos do Brasil por anos de trabalho dedicados a proteger esta região e avançar para soluções de energia renováveis ​​e acessíveis «.