Novas baterias de alumínio para armazenamento de energia renovável

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Cientistas da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia, e do Instituto Nacional de Química, na Eslovênia, afirmam ter criado baterias de alumínio com maior densidade de energia e potencialmente grandes aplicações de armazenamento de energia renovável.

Comparado às baterias de alumínio típicas, que usam um ânodo de alumínio e um cátodo de grafeno, o novo dispositivo apresenta um cátodo orgânico nanoestruturado feito de antraquinona, uma molécula à base de carbono.

No artigo “Concept and electrochemical mechanism of an Al metal anode ‒ organic cathode battery”, publicado na Energy Storage Materials, os pesquisadores explicaram que a antraquinona permite o armazenamento de transportadores de eletrólitos com carga positiva, o que garante que o seu dispositivo tenha o dobro da densidade de energia das baterias de alumínio convencionais. “Como o novo material catódico possibilita o uso de um suporte de carregamento mais apropriado, as baterias podem explorar melhor o potencial do alumínio”, disseram os pesquisadores.

Cloro

A versão atual do eletrólito, no entanto, contém cloro que a equipe de pesquisa deseja remover.

Os cientistas afirmam que, embora a tecnologia de armazenamento de alumínio esteja longe da produção comercial, o novo dispositivo poderá competir ou complementar o armazenamento de íons de lítio. “Até agora, as baterias de alumínio têm apenas metade da densidade de energia que as baterias de íon-lítio, mas nosso objetivo a longo prazo é alcançar a mesma densidade de energia”, diz o documento.

Em princípio, o alumínio funciona melhor que o íon de lítio como transportador de carga, de acordo com o grupo de pesquisa. “Além disso, as baterias têm o potencial de serem significativamente menos prejudiciais ao meio ambiente”, disse o coautor da pesquisa Patrik Johansson.