A filial da Iberdrola no Brasil, a Neoenergia, através da sua subsidiária Bahia Geração de Energia, foi a vencedora do leilão internacional realizado na semana passada para a privatização da distribuidora de energia elétrica CEB Distribuição, após apresentação de oferta no valor de 2.515 milhões de reais (399 milhões de euros), para 100% da empresa.
A CEB-D é a distribuidora de energia elétrica do Distrito Federal, capital do país, Brasília, e abastece uma população de 3 milhões de pessoas. Em 2019, a empresa contava com 1,1 milhão de consumidores e fornecia 6.577 GWh. A concessão detida pela CEB Distribuição é válida até 2045, e garante 25 anos de atividade regulada com rendimentos estáveis e previsíveis.
Segundo a empresa, a aquisição do CEB-D representa mais um passo na estratégia do plano de expansão da Neoenergia no setor elétrico brasileiro e “responde à abordagem de investimento da Iberdrola, focada em negócios regulados e energias renováveis, com uma grande potencial de crescimento em países que oferecem estabilidade legal e regulatória ”.
A Iberdrola, por meio de sua subsidiária Neoenergia, listada na Bolsa de Valores desde 2019, já administra no Brasil uma rede de distribuição de 640.417 km, e cobre uma população de 34 milhões de pessoas. A Neoenergia também possui mais de 3.500 MW em operação e fornece serviço de eletricidade a 14,1 milhões de clientes.
A combinação da Neoenergia com o CEB-D cobrirá uma área de mais de 840,8 mil km2 e atenderá 15,3 milhões de clientes, 7,7% a mais do que os administrados até agora pela subsidiária brasileira da Iberdrola. Da mesma forma, a base de ativos regulados (RAB) da Neoenergia seria de 19.487 milhões de reais em 2019.
A liquidação do leilão, bem como a concretização da aquisição das Ações CEB-D, mediante celebração de contrato de alienação de ações, estão condicionadas à aprovação do resultado do leilão pela Comissão de Licitações, prévia aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE e anuência da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.
Da mesma forma, a aquisição das ações da CEB-D está sujeita à Assembleia Geral da Neoenergia. O fechamento da operação está estimado para o primeiro trimestre de 2021.
Com esta aquisição, a Iberdrola completa este ano nove operações corporativas, principalmente focadas na energia eólica, exceto pela aquisição da empresa australiana de energias renováveis Infigen Energy, na sequência do lançamento de uma OPA amigável em junho, que tornará a Iberdrola uma das os principais operadores do mercado australiano de energias renováveis, com 670 MW de energia eólica em operação e um portfólio de 1 GW de projetos eólicos e solares em várias fases de desenvolvimento.
As restantes aquisições dizem respeito a ativos eólicos, como o contrato de compra da American PNM Resources em outubro, no valor de 7.000 milhões de euros; a compra da incorporadora local Acacia Renewables, com uma carteira de projetos offshore de 3,3 GW de potência e a aquisição de uma carteira de projetos eólicos de 400 MW de capacidade no Brasil; a opção de aquisição majoritária de 9 GW de capacidade para o futuro desenvolvimento do maior portfólio de projetos de energia eólica offshore na Suécia acordada com a Svea Vind Offshore AB (SVO) sueca; a aquisição de dois projetos eólicos onshore na Escócia, com uma capacidade total de 165 MW e cujo desenvolvimento envolverá um investimento de cerca de 190 milhões de euros; a aquisição da francesa Aalto Power, que tem 118 a operar em energia eólica onshore e uma carteira de projetos de 636 MW em diferentes fases de desenvolvimento, por pouco mais de 100 milhões de euros, e a aquisição de 100% do capital do parque eólico Marinheiro francês Saint-Brieuc.
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