Fazenda no estado de Goiás expande lucros com energia fotovoltaica

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A fazenda São João, em Rio Verde (GO), tem instaladas pela ENGIE três mini usinas fotovoltaicas que abastecem cinco núcleos produtivos nos quais: quatro são de aves e um de suínos, desde dezembro de 2017.

O agronegócio goiano vai se interessando cada vez mais pela geração solar distribuída, pois a ampliação de linhas de crédito específicas para o setor rural e as facilidades de acesso tem atraído os olhares do agricultor. No país, já são mais de 31 mil mini e micro usinas fotovoltaicas, a maioria, 77%, instaladas nos telhados de casas, abastecendo residências.

Silvio Paravisi, proprietário da Fazenda, cuja capacidade de produção é cerca de 2,5 milhões de aves e 13,5 mil suínos por ano, diz o seguinte: “A garantia das placas solares é de 25 anos. Então, depois de quitado o financiamento, teremos eletricidade praticamente de graça na propriedade, pagando apenas as taxas da concessionária. Essa é a expectativa e a grande vantagem do investimento na geração própria, a possibilidade de ter energia a custo próximo de zero”.

Para que se possa ter uma ideia, o valor que antes era custo com a fatura de energia, depois da quitação do investimento, transforma-se em lucro para a propriedade, pois ao instalar sistemas fotovoltaicos em sua propriedade eles colhem economia de até 96% no valor da fatura.

O investimento foi financiado por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO Rural, pois os produtores rurais de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por exemplo, contam ainda com essa linha exclusiva, cujo prazo de recuperação está estimado em cinco anos, porém com grandes chances de redução desse tempo dependendo dos reajustes tarifários futuros.

Parasi ainda complementa, “Podemos afirmar que, hoje, 100% da energia que abastece o consumo das granjas é proveniente da luz solar”; as instalações fotovoltaicas da Fazenda São João foram dimensionadas para suprir o consumo de energia elétrica das granjas, injetando o excedente no sistema e podendo ser usada pelo proprietário em sua residência. Os sistemas contam com uma potência de 278,25 kWp e capacidade para gerar 431.250 kWh/ano.

A ENGIE, também acaba de fechar um contrato com a marca Boa Safra – produtora de sementes -, do grupo BSA, para a instalação de uma usina com uma potência fotovoltaica de 1028 kWp na qual irá abastecer a Fazenda Boa Vista, em Cabeceiras (GO). O sistema irá gerar energia para movimentar os eixos de irrigação nas lavouras e manter a climatização dos silos de armazenagem das sementes.

Camila Colpo, diretora comercial da Boa Safra, afirma: “Estamos com uma expectativa muito positiva em relação à diminuição de custos com a energia. Temos uma despesa muito alta para mantermos a irrigação das lavouras e o uso dos armazéns, que são refrigerados para manter a qualidade das sementes de uma das empresas do Grupo”. O projeto técnico já está aprovado e a usina segue agora para a fase de instalação, que será concluída até o final de 2018 e o prazo de retorno estimado do investimento é cerca de cinco anos.

A ENGIE está habilitada junto a todos os programas para fornecer os serviços e equipamentos homologados.

Uma vantagem importante a considerar é que a linha do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO Rural – para o financiamento de sistemas fotovoltaicos oferece encargos médios de 5,5% ao ano, prazos para pagamento de até 12 anos e carência de três, financiando até 100% do valor da instalação. Dentre os incentivos governamentais há ainda as opções do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), direcionado aos pequenos produtores rurais com juros de até 2,5% a.a., prazo de até 10 anos e carência de até 3 anos onde os limites de financiamento são de R$ 165 mil por ano agrícola ou R$ 88 mil por beneficiário. Também o BNDES – Fundo Clima, com prazo de pagamento em até 12 anos, três anos de carência, com encargos médios de 4,03% ao ano.