Capacidade solar instalada no Brasil pode aumentar 44% este ano, segundo a ABSOLAR

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2019 poderia marcar uma virada no mercado solar brasileiro de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

Em entrevista à Reuters, Sauaia afirmou que o Brasil poderá atingir 3,3 GW de capacidade instalada em 2019, o que representa um aumento de 44%.

As grandes usinas totalizariam 383 MW até o final de 2019, o que representa um avanço de 21%; e a grande responsabilidade nesse impulso seriam dos projetos de geração distribuída, que deverão adicionar 628,5 MW de capacidade solar ao país, um aumento de 125%.

Atualmente, a geração distribuída de energia solar atingiu 500 MW no país. A maior parte dessa capacidade (371,9 MW) foi instalada em 2018. A fotovoltaica comercial representa 43,2% da capacidade total, enquanto os segmentos residencial e industrial têm participação de 35,7% e 10,3%, respectivamente. Entre 2017 e 2018, a geração distribuída já havia apresentado uma taxa mais alta, com uma expansão de 172%, em comparação com 86% para as grandes usinas, mas projetos da DG acrescentaram 317 MW nesse período, em comparação com 828 MW dos grandes projetos, que foram possíveis após os leilões de energia do governo.

Com o aumento das tarifas de energia no Brasil desde 2015 e a redução do custo de equipamentos fotovoltaicos, os investimentos em Geração Distribuída podem ser recuperados em um período de três a sete anos, segundo Sauaia.

A ABSOLAR estima que a solar gere um investimento total de R $ 5.200 milhões, dos quais cerca de US $ 800 milhões serão destinados à geração distribuída.

Segundo dados da ABSOLAR, o mercado brasileiro de energia solar é atualmente liderado pela chinesa CGN Energy International, que anunciou a aquisição de 450 MW da Enel na última quarta-feira. Ele é seguido pela mesma Enel, a francesa Engie e Atlas Renewable Energy, do britânico Actis.