O Brasil ultrapassou os 20 GW de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando os 6.525 MW da geração centralizada e os 13.579 MW de geração distribuída em sistemas de menor porte, abaixo de 5 MW cada. A soma equivale a 9,6 % da matriz elétrica do país.
Metade da capacidade fotovoltaica instalada no país, 10.820 MW, está distribuída em 1,2 milhão de sistemas de microgeração com até 74 kW cada, de acordo com dados da Aneel.
Segundo mapeamento da Absolar, de janeiro ao início de outubro deste ano, a energia solar cresceu 44,4%, saltando de 13,8 GW para 20 GW. E, nos últimos quatro meses, o ritmo de crescimento tem sido praticamente de um GW por mês, o que coloca a fonte na terceira posição da matriz elétrica brasileira, quando considerada a geração distribuída (junho: 15,8 GW, julho: 16,4 GW, agosto: 17,5 GW, setembro: 18,6 GW, outubro: 20 GW).
Só em 2022, de acordo com dados da Aneel, a geração centralizada, de usinas de grande porte, adicionou 1.474 MW, enquanto na geração distribuída foram conectados 4.339 MW – a maior parte (3.543 MW) em sistemas de microgeração, com até 74 kW.
Até o final do ano, a geração centralizada, de acordo com a fiscalização da Aneel, deve adicionar mais 1.760 MW de potência instalada, a maior parte (1.629 MW) fora do mercado regulado. Além disso, a expansão da geração distribuída é, historicamente, mais forte no segundo semestre.
A Absolar apresentou em agosto na Intersolar SA a projeção de que o país encerre 2022 com 24.928 MW de potência solar fotovoltaica, sendo 7.775 MW de geração centralizada e 17.153 MW de geração distribuída. Para que a projeção se realize, a geração distribuída ainda deverá adicionar mais 3,5 GW até o final de dezembro.
Se de fato alcançar os 24.928 MW projetados pela associação em agosto, a fonte solar poderá ultrapassar pela primeira vez a potência instalada de energia eólica, que soma atualmente 22.680 MW e deve adicionar mais 1.972 MW até o final do ano.
R$ 103 bilhões em investimentos e 600 mil postos
De acordo com a associação, a fonte solar atraiu para o Brasil cerca de R$ 103 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 27,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 600 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 28,4 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Desde 2012, as grandes usinas solares atraíram cerca de R$ 29,1 bilhões em novos investimentos e 195 mil empregos acumulados e R$ 10 bilhões em arrecadação.
No segmento de geração própria de energia, são R$ 73,9 bilhões em investimentos, R$ 17,2 bilhões em arrecadação e 405 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9 % de todas as conexões de geração própria no país, liderando com folga o segmento.
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