Brasil adere à International Solar Alliance

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A medida é estratégica para ampliar o papel brasileiro no uso e desenvolvimento da tecnologia fotovoltaica no cenário mundial. A avaliação é do diretor geral da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia.

Para o executivo, a medida insere o país de forma mais direta no debate para o desenvolvimento da fonte solar no mundo. “A adesão à ASI abre as portas para o Brasil se beneficiar de programas e ações multilaterais em termos de financiamento, programas de incentivo, políticas públicas, regulação, modelos de negócios, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, entre outros”, afirma.

“O Brasil tem um dos melhores recursos solares do planeta, mas fica atrás de outros países no uso de energia solar fotovoltaica. Encerramos o ano de 2021 na 13ª posição do ranking mundial de energia solar, muito abaixo do nosso imenso potencial. Em outras fontes renováveis, como hidrelétricas, biomassa e eólica, o Brasil já é líder mundial. Portanto, precisamos recuperar o tempo perdido e nossa plena participação na ASI contribuirá para que possamos incorporar as melhores práticas internacionais, acelerar o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica em nosso país e nos posicionarmos como um player relevante neste setor, que é cada vez mais estratégico no cenário internacional”, diz Sauaia.

Para o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, a energia solar tem papel fundamental na transição para um futuro com baixas emissões de gases de efeito estufa. “A fonte solar já é a mais competitiva do Brasil e atualmente ocupa a terceira posição na matriz elétrica nacional. A adesão ao ASI reflete a força e o papel cada vez mais relevante do mercado brasileiro de energia fotovoltaica na geopolítica internacional”, destaca.

O ASI foi lançado durante a Conferência do Clima de Paris (COP 21), em 2015, e posteriormente formalizado em Nova Delhi, Índia, em 15 de novembro de 2016, com os objetivos de: reduzir o custo da energia solar; mobilizar mais de um trilhão de dólares em investimentos para a implementação massiva da energia solar até 2030; e abrir caminho para novas tecnologias que usam o sol como recurso primário.