As Américas contribuem com 18% do crescimento da fotovoltaica no mundo

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Apesar da recessão provocada pelo COVID-19, o crescimento da energia fotovoltaica no mundo continua, de acordo com o relatório preliminar (Snapshot) do Mercado Global Fotovoltaico 2020 da Agência Internacional de Energia (IEA). Pelo menos 139,4 GW foram instalados ou comissionados no mundo no ano passado e estima-se que já exista uma capacidade acumulada de 760,4 GW. Sua resiliência destaca o potencial dessa tecnologia para limitar o impacto dessa recessão e o impacto social da pandemia.

A maior parte desse crescimento no mercado fotovoltaico vem da China (48,2 GW), Vietnã (11,1 GW), seguido de longe pelos mercados europeu (19,2 GW) e dos Estados Unidos (19,6 GW). No entanto, a dinâmica positiva observada em outros países, indica o estudo, mostra avanços constantes nos últimos anos.

Depois desses países, o Brasil se tornou o país mais dinâmico da América Latina com a instalação de 3,1 GW em 2020, seguido pelo México, que instalou cerca de 1,5 GW, Chile, com 790 MW, e Argentina, que instalou cerca de 320 MW. Ao norte do continente, o Canadá voltou a limitar o crescimento com 200 MW instalados. As Américas representaram cerca de 18% do mercado fotovoltaico global no ano passado.

Do lado negativo das estatísticas da IEA, o México aparece, ao lado da França e da Turquia, como os países que saíram da lista dos 10 países com maior expansão este ano, apesar de apresentarem níveis de instalação muito relevantes.

No ranking global de penetração da energia fotovoltaica, que mede sua contribuição para a cobertura da demanda de eletricidade, cifra fortemente influenciada pela qualidade da radiação social em cada país de acordo com sua localização geográfica e clima, Honduras ocupa a primeira posição por cobrir 12,9 % de suas necessidades de energia. Em quinto lugar no mundo está o Chile (9,1%), em vinte e quatro lugares estão os Estados Unidos (3,4%) e em vinte e sete, o México (3,2%).

A Agência Internacional de Energia menciona o Brasil e o México neste estudo preliminar como dois países nos quais o autoconsumo virtual entre pontos remotos está sendo testado.

O relatório indica que a discrepância entre a energia AC refletida nos relatórios de instalações fotovoltaicas, que foram convertidas para DC para facilitar uma comparação consistente entre os países, leva a discrepâncias com os números oficiais de países como Espanha, Japão ou Índia. Acrescenta ainda que os relatórios dos próximos anos deverão incluir dados relativos ao desmantelamento, repotenciação e reciclagem de instalações mais antigas.

O relatório final será publicado no último trimestre de 2021.