A Neoenergia, subsidiária da Iberdrola, estreou na Bolsa de Valores de São Paulo com a maior colocação no setor energético brasileiro desde 2000

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A Neoenergia, subsidiária brasileira da espanhola Iberdrola, fez sua estreia na Bolsa de Valores de São Paulo com aumentos de quase 10%, no maior IPO do ano no mercado brasileiro. Os títulos da empresa de energia marcaram após sua estreia um preço de R $ 16,86 reais (cerca de 4,4 dólares), com um aumento de quase 8% contra os R $ 15,65 (4,1 reais) que foi definido para sua estreia, na faixa intermediária da faixa de preço anunciada no registro do IPO (entre 14,42 e 16,89 reais). Esta transação representa a maior colocação deste tipo de oferta pública inicial (IPO) – até agora este ano e a mais relevante no setor de energia brasileiro desde 2000.

Com uma capitalização de cerca de 19.000 milhões de reais (cerca de 5.000 milhões de dólares), a Neoenergia torna-se a principal empresa privada de energia elétrica com presença na atividade de rede cotada no Novo Mercado.

O valor da oferta totalizou 3.255,89 milhões de reais após a venda de 208.044.383 ações da Neoenergia, representando 17,139% de seu capital social.

No total, foram ofertadas 208 milhões de ações, representando 17,13% do capital da Neoenergia, empresa criada em 2017 após a incorporação da empresa à Elektro, ambas de propriedade da Iberdrola.

O grupo Iberdrola, através de sua subsidiária brasileira, planeja investir 6.000 milhões de euros no Brasil durante o período de 2018-2022, conforme refletido em suas Perspectivas Estratégicas, apresentado em fevereiro passado em Londres.

O capital social da Neoenergia foi estruturado da seguinte forma: a Iberdrola controla 50% + 1 ação, a Previ, 32,9%, permanecendo como acionista relevante e de longo prazo, e o restante, 17,19%, permanece como free float.

Quando a operação foi anunciada no final de abril, a Iberdrola informou que o IPO da empresa deve receber entre 3 mil e 3,5 mil milhões de reais (cerca de 780 e 910 milhões de dólares).

No final de 2017, a Iberdrola adiou a planejada flotação da Neoenergia no mesmo ano. Em seguida, a transação foi cancelada depois que o Banco do Brasil e a Previ, seus sócios na empresa, rejeitaram a faixa de preço dos títulos solicitados pelos investidores. A faixa de preço foi estabelecida entre 15,02 e 18,52 reais (por ação), o que significou valorizar 100% da empresa em um mínimo de mais de 4,5 bilhões de dólares e um máximo acima dos 5,6 bilhões de dólares.