O porto brasileiro de Suape, em Pernambuco, pede a construção de uma usina de hidrogênio verde

Share

A chamada para empresas interessadas em apresentar suas propostas tem prazo até o próximo dia 27 de setembro. A central, para a qual está disponível uma área de 72,6 hectares, está prevista com 1 GW de capacidade de eletrólise proveniente da dessalinização da água do mar, e um investimento estimado em cerca de 3.500 milhões de dólares.

O arrendamento será por 25 anos, com possibilidade de prorrogação por igual período.

Em nota, explica-se que a chamada pública “inclui também duas unidades industriais para produção de hidrogênio azul a partir da reforma do vapor de metano como insumo para a posterior produção de amônia em outras duas unidades que também serão implantadas em Suape.

Recentemente, o Complexo Industrial Portuário de Suape lançou o TechHub para produção, transporte, armazenamento e gestão de hidrogênio verde (H2V) na zona industrial do porto.

A iniciativa, em colaboração com a CTG Brasil – subsidiária da empresa chinesa de energia CTG-, o Departamento Nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Senai Pernambuco e o Governo do Estado, visa tornar Suape um espaço de pesquisa, desenvolvimento e inovação focada no combustível do futuro. Já foi reservada uma área para realizar o empreendimento de pesquisa na área portuária. O investimento estimado é de cerca de 45 milhões de reais (8,8 milhões de dólares).

De acordo com o diretor geral de Suape, Roberto Gusmão, o complexo portuário “é um grande condomínio que reúne várias oportunidades de negócios promissoras. Atualmente, 224 empresas estão localizadas na zona industrial, gerando mais de 40 mil empregos e renda para a população. A chegada de uma usina dessa magnitude, além de reforçar nosso compromisso com a sustentabilidade, mostra que o porto tem grande potencial para se tornar um dos mais importantes do continente e do mundo”.