Leilão A-4 será realizado em 27 de junho, a solar pode ser incluída

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O Ministério de Energia e Minas (MME) publicou o novo cronograma de leilões de energia para o período 2020-2021. De acordo com o plano, serão realizado s nove leilões: seis Leilões de Energia Nova e três Leilões de Compra de Energia Elétrica Proveniente de Empreendimentos de Geração Existentes.
Quanto aos seis leilões de “Energia Nova”, que devem incluir energia renovável e fotovoltaica, o MME programou dois leilões por ano, um leilão A-4, para o qual o fornecimento de energia começa quatro anos após a licitação, e um leilão A-6, com prazo de entrega dos projetos de seis anos.
Os três leilões A-4 serão realizados em 27 de junho de 2019, 23 de abril de 2020 e 29 de abril de 2021.
Quanto aos leilões A-6, as datas são: 26 de setembro de 2019, 24 de setembro de 2020 e 30 de setembro de 2021.
O governo brasileiro ainda não disse quais fontes de energia podem participar nos leilões, mas a portaria do governo para o primeiro leilão A-4 deve ser publicado nas próximas semanas, segundo Rodrigo Sauaia, presidente da associação brasileira de energia solar ABSOLAR. Em comunicado à revista, Sauaia também disse que a associação está confiante de que este ano, ao contrário de 2018, quando a energia solar foi autorizada a participar apenas no leilão A-4, a tecnologia fotovoltaica será admitida em ambos os leilões de “Energia Nova”.
No ano passado, as autoridades brasileiras disseram que uma das razões para não incluir a energia fotovoltaica no leilão A-6, sob o aspecto técnico, era o prazo mais longo da licitação e o fato de que o tempo de construção e a rápida inovação da tecnologia solar estava determinando uma rápida redução nos preços.No último leilão A-4, realizado em abril, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Câmara de Comércio de Energia Elétrica (CCEE) contrataram cerca de 806,6 MW de capacidade fotovoltaica, o que representou quase 80% da capacidade total alocada. O preço médio final da energia solar foi de 118 reais (na época, US $ 35,2) / MWh. O leilão foi aberto a novas usinas hidrelétricas, eólicas, solares, termelétricas e de biomassa em grande escala. Os projetos selecionados devem começar a entregar energia em 1 de janeiro de 2021.
De acordo com um relatório recente da consultoria brasileira Greener, dos 4.920,7 MW de capacidade solar contratados pelo governo brasileiro, através dos cinco leilões de energia realizados entre 2014 e o ano passado, aproximadamente 2.193 MW estão conectados à rede. O concurso de maior sucesso foi o primeiro, realizado em 2015, que contou com toda a capacidade contratada em operação, em testes ou em construção. Um segundo leilão realizado no mesmo ano teve sucesso de 97%.