Os preços dos sistemas fotovoltaicos de geração distribuída estão caindo muito rapidamente no Brasil. Isso é revelado por um novo relatório da consultoria brasileira Greener, segundo a qual os preços dos sistemas fotovoltaicos neste segmento (até 5 MW) caíram na média 24 por cento no ano passado.
De acordo com a consultoria, de fato, o preço médio de um sistema de 8 kW, por exemplo, caiu 26%, de 7,08 R$/Wp em janeiro de 2016 para 5,21 R$/Wp no mês atual. É interessante notar que, se em janeiro do ano passado o custo para a integração do sistema representava aproximadamente a metade do custo total do sistema, no mesmo mes de este ano, essa porcentagem foi reduzida para mais ou menos 36%. Para um sistema de 50 kW, o preço em 1 ano caiu 25%, de 5,88 R$/Wp para 4,39 R$/Wp, enquanto que para uma instalação de 300 kW, o preço caiu 23% de 5,31 R$/Wp para 4,07 R$/Wp.
De acordo com o relatório, além disso, em 2017 o volume de negócios total do mercado fotovoltaico residencial, comercial e industrial no Brasil atingiu um total de aproximadamente R $ 1,47 bilhão em 2017, com capacidade total de cerca de 297 MW.
O relatório, baseado em dados coletados entre 552 empresas integrantes entre 29 de novembro de 2017 e 2 de janeiro deste ano, também informa que as importações de módulos solares e kit’s para geração distribuída atingiram maiores volumes no segundo semestre do ano passado, no qual o total era de aproximadamente 227 MW, enquanto no primeiro semestre de 2017 o total tinha sido de cerca de 105 MW.
No geral, as importações de módulos e kit’s para geração distribuída representaram 35,1% do total de importações no ano passado no Brasil. Apesar de ter vendido cerca de 298 MW do total de módulos importados, que era de 329 MW, as conexões com à rede de sistemas fotovoltaicos de geração distribuída (até 5 MW) atingiram um total de cerca de 100 MW no ano passado, de acordo com Greener.
A consultoria, também, informa que aproximadamente 40 por cento das empresas integradoras entrevistadas não estão satisfeitas com o estado atual do mercado. Os autores do relatório, no entanto, advertem que esta porcentagem em maio de 2017 foi de cerca de 50%, evidentemente um sinal de que o mercado está evoluindo de forma positiva também devido a maiores receitas. Além disso, 67,9 por cento dos integradores dizem que são muito otimistas para o desenvolvimento de seus negócios em 2018, e apenas um mero 3 por cento julga o mercado atualmente pouco atraente. De acordo com as empresas, os maiores desafios são atualmente a pressão sobre os preços (39,3 por cento), a falta de opções de financiamento (25,0 por cento), propaganda enganosa (15,5 por cento) e produtos de baixa qualidade (14,8 por cento). Apenas 4,5% disseram que o mercado atualmente não presenta nenhum desafio.
O relatório, que pode ser descargado neste link, também fornece mais informações sobre o crescimento do setor, os desafios no fornecimento de módulos, os preços dos kit’s fotovolaicos, contratos efetuados, financiamentos, entre outras informações a respeito dos players e sustentabilidade econômica de uma empresa integradora.
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