Facebook gosta de energia limpa e quebra recorde

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Foi um ano miserável até agora para o Facebook, com sua participação no escândalo Cambridge Analytica, que expõe a rede social a acusações de interferência nas eleições dos EUA e nos votos do Brexit.

Mas, a empresa em apuros de Mark Zuckerberg pode pelo menos apontar para o fato de que é a maior compradora corporativa de energia limpa até o presente momento, segundo o relatório 2H Corporate Energy Outlook de Bloomberg New Energy Finance, publicada na sexta-feira.

Segundo dados da BNEF, Facebook comprou mais de 1,1 GW de energia proveniente de fontes renováveis, incluindo a solar fotovoltaica, ajudando o mundo corporativo a superar o recorde de 5,4 GW de energia no ano passado. Isso merece um “like”.

O relatório afirma que o mundo dos negócios já contratou 7,2 GW de energia de baixo carbono este ano, e que 60% disso foi feito por empresas norte-americanas com Facebook no topo da lista à frente do gigante das comunicações AT & T, que adquiriu 820 MW de energia verde até o momento – e os fabricantes de alumínio Norsk Hydro (667 MW) e Alcoa (524 MW).

Ofertas de alumínio mostram um business case para energias renováveis

Os dois fabricantes de alumínio também são responsáveis pela maior parte do recorde de 1,6 GW de energia limpa adquirida pelo setor corporativo na Europa até agora, com 75% desse valor em acordos assinados pela Norsk e pela Alcoa, na Noruega e na Suécia. Em notícias promissoras para os defensores da energia solar e eólica, o comunicado de imprensa emitido pela BNEF para divulgar seu relatório observou que ambas empresas foram motivadas pela oportunidade de fechar acordos de energia a longo prazo, ao invés de preocupações ambientais.

O relatório observa que os 140 signatários da promessa de RE100, baixo a qual as empresas prometem obter toda sua energia a partir de fontes renováveis até 2030. Os analistas da BNEF estimam que se esse objetivo fosse alcançado através de acordos de compra de energia, aumentaria 100 GW de nova capacidade solar e eólica em todo o mundo.

O relatório também observa que empresas de telecomunicações e fabricantes estão se unindo à transição de energia limpa e que as empresas estão unificando suas necessidades de energia.