A Enel Green Power Participações Ltda (EGP Brasil), a unidade brasileira de energia renovável da Enel, gigante italiano do setor de energia, anunciou a venda de duas usinas de energia solar com capacidade total de 450 MW e um parque eólico de 90 MW no Brasil para o investidor chinês CGN Energia International Holdings Co. Limited (CGNEI).
As três instalações foram vendidas por um valor total de 2,9 bilhões de reais (cerca de 799 milhões de dólares), disse a Enel em um comunicado. «Com a venda desses ativos, estamos capturando valor para um maior crescimento no Brasil, onde estamos implementando um grande portfólio de projetos renováveis», disse Antonio Cammisecra, CEO da Enel Green Power. A transação está prevista para ser concluída até o final do primeiro trimestre de 2019
Uma das duas usinas de energia solar é o projeto Nova Olinda, de 292 MW, localizado em Ribeira do Piauí, no Piauí, que entrou em operação em setembro de 2017. O projeto recebeu um PPA de 20 anos no leilão realizado em agosto de 2015. A empresa investiu aproximadamente US$ 300 milhões na construção do projeto, através de recursos próprios do Grupo Enel, além de financiamentos a longo prazo fornecidos pelo Banco do Nordeste.
A segunda usina solar, projeto Lapa de 158 MW, está localizada na cidade de Lapa, no estado da Bahia, e foi conectada à rede em junho de 2017. O projeto é dividido em dois unidades, Bom Jesus da Lapa (80 MW) e Lapa (78 MW), que também estão entregando energia à rede local a través de um PPA de 20 anos concedido no «Leilão de Reserva», que foi realizado em agosto de 2015.
Neste leilão, a Enel foi a maior vencedora, com três diferentes projetos solares premiados, totalizando 553 MW. No total, cerca de 800 MW de capacidade solar foram assinados na licitação a um preço de aproximadamente US$ 0,08 / kWh. Juntamente com as plantas da Lapa e Nova Olinda, a Enel também obteve um PPA de 20 anos para o seu projeto Horizon MP de 103 MW.
De acordo com um relatório recente publicado pela consultoria brasileira Greener, o leilão realizado em agosto de 2015 foi o exercício de licitação mais bem-sucedido, uma vez que viu toda a capacidade contratada em operação, testes ou construção.
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