Dois projetos solares selecionados no leilão de Roraima

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A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) anunciou os resultados do leilão de energia realizado no 31 de maio pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para o sistema elétrico isolado de Boa Vista e localidades conectadas no estado norte de Roraima.

Segundo a agência, a CCEE contratou nove projetos, que representam 294 MW de capacidade de geração de energia para o fornecimento de 6402.5 GWh a partir de 28 de junho de 2021. Em geral, esses novos recursos serão implantados graças a um investimento total previsto de R$ 1,62 bilhão.

A EPE já havia pré-qualificado 156 projetos com capacidade total de 6 GW para o leilão. «O interesse dos desenvolvedores em apresentar soluções alternativas para o diesel mostrou que há espaço para fontes renováveis ​​entrarem nos Sistemas Isolados de maneira competitiva», destacou a EPE em seu comunicado.

A energia renovável, por outro lado, está em sete dos projetos premiados, incluindo quatro projetos de biomassa de um total de 40 MW na parte norte de Roraima; outro projeto de biomassa e um projeto híbrido de biomassa-fotovoltaica na região sul do estado; e um projeto híbrido de biomassa, solar e armazenamento na capital do estado, Boa Vista.

PPAs mais longos para renováveis

Apesar do fato de que as energias renováveis ​​obtiveram o maior número de projetos, a maior usina de energia selecionada no leilão é uma planta de gás e 126,2 MW que será alimentada com gás natural na região amazônica. Projetos baseados em energias renováveis ​​receberão um PPA por 15 anos, enquanto aqueles que ainda usam diesel terão um contrato de 7 anos.

O leilão terminou com um preço médio de R $ 833,00, com uma média de 22,7% de desconto em relação ao preço máximo de R$ 1.078,00 R / MWh.

Através do leilão, o governo brasileiro pretende criar uma nova capacidade de geração de energia na região depois de 2021, quando o contrato de fornecimento da maior fornecedora de eletricidade no estado, Corpelec, com base na Venezuela, irá expirar. Em vez de depender do fornecimento de energia de uma área instável, o Brasil preferiu a implantação de novas capacidades de geração com uma parcela crescente de energia limpa.