Pesquisadores do Instituto Nacional de Energia Solar (INES) – uma divisão da Comissão Francesa de Energias Alternativas e Energia Atômica (CEA) – desenvolveram um módulo solar de heterojunção (HJT) para aplicações residenciais com base em princípios de design ecológico.
O módulo de demonstração tem uma potência de 556 W, uma eficiência média de 22,9% e um design sem slots. As células HJT são fabricadas na França na linha piloto CEA no INES e incluem inovações que limitam o consumo de índio e prata.
“Ele atinge uma pegada de carbono muito baixa, de 317 kgCO2eq/kWp, em comparação com os produtos chineses padrão (700 a 800 kgCO2eq/kW) e coloca nossos laboratórios entre os líderes na Europa”, afirma a CEA em comunicado.
O novo módulo usa wafers de silício fabricados na Noruega com uma espessura de 130 microns em vez de 170 microns, reduzindo a pegada de carbono na escala da célula. O polissilício nos wafers vem da Alemanha.
O painel é totalmente montado na França e utiliza vidro de 2mm. Possui uma estrutura em material de madeira disponível na Europa, substituindo a estrutura padrão de alumínio. Isso supostamente reduz a pegada de carbono em mais de 50 kgCO2eq/kW.
A mistura de baixo carbono na mistura de eletricidade da Alemanha, Noruega e França foi o principal fator que reduziu a pegada de carbono do módulo. De acordo com a CEA, esses países têm uma mistura de carbono de 650 gCO2eq/kWh, 29 gCO2eq/kWh e 52 gCO2eq/kWh, respectivamente, em comparação com a mistura chinesa, com um balanço de carbono de 1023 gCO2eq/kWh.
“Uma abordagem de ‘design para reciclagem’ levou à escolha de encapsulantes termoplásticos sem flúor e backsheets de origem europeia, o que facilitará a reciclagem”, diz CEA.
A abordagem do ecodesign incluiu uma avaliação do ciclo de vida de acordo com a ISO14040 e a ISO14044.
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