O Brasil é o segundo país latino-americano a atravessar a marca de 1 GW da capacidade fotovoltaica instalada após o Chile.
De acordo com as estatísticas publicadas pela associação solar local ABSOLAR, o país atingiu uma energia solar cumulativa instalada de cerca de 1.099,6 MW, dos quais 935,3 MW são representados por grandes usinas solares e 164,3 MW por geradores de energia fotovoltaica de geração distribuída (até 5 MW).
Quanto ao segmento de grande escala, um forte aumento de capacidade foi devido à criação de instalações solares contratadas pelo governo federal nos leilões de eletricidade realizados em 2014 e 2015.
Essas plantas operacionais estão localizadas principalmente nos estados da Bahia, Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Em novembro, a Canadian Solar e a EDF ligaram mais 284 MW de energia fotovoltaica à rede no Minas Gerais. No início de setembro, por outra parte, a empresa italiana Enel completou os projetos solares Ituverava (254 MW) e Nova Olinda (292 MW), respectivamente, na Bahia e no Piauí.
No final de agosto deste ano, a capacidade instalada de energia fotovoltaica no Brasil era de cerca de 237 MW, dos quais 92 MW para geração distribuída e 145 MW para grandes projetos.
No final de 2016, a energia solar em grande escala tinha apenas 24 MW de capacidade instalada. Isso significa que, em 2017, cerca de 910 MW de capacidade fotovoltaica foram conectados à rede brasileira.
“O Brasil está mais de 15 anos atrasado no uso da energia solar fotovoltaica. Temos condições de ficar entre os principais países do mundo nesse mercado, assim como já somos em energia hidrelétrica, biomassa e eólica. Para isso, precisamos de um programa nacional estruturado para acelerar o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica”, disse o presidente da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
De acordo com um relatório recente publicado pelo consultor local Greener, dos 889 MW (CA) de capacidade solar alocados no leilão realizado em 2014, apenas 570 MW tinham uma alta probabilidade de se tornarem operacionais.
Quanto aos dois leilões que foram realizados em 2015, nos quais 883,7 MW (CA) e 929,3 MW (CA) de energia solar foram contratados respectivamente, Greener acredita que cerca de 1,18 GW têm boas possibilidades de ser posto em operação, enquanto cerca de 544,3 MW tem uma probabilidade média de conexão.
Em geral, 1.748 MW dos três leilões têm uma alta probabilidade de sucesso, de acordo com a consultoria, enquanto 249,7 MW foram cancelados, 544,3 MW têm uma probabilidade média de conclusão e 110 MW têm baixa probabilidade de se tornarem operacionais. Toda esta capacidade deve estar online até o final deste ano.
Em seu leilão mais recente, que ocorreu em dezembro do ano passado, o governo brasileiro selecionou cerca de 574 MW (AC) de projetos fotovoltaicos. Essas instalações devem estar conectadas à rede antes do final de 2020.
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