Dia 2 da Intersolar South America: Rumo à maturidade total do mercado

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Com a expectativa de crescimento contínuo e muitos novos players entrando no mercado solar do Brasil, os maiores distribuidores fotovoltaicos estão focados em educar o mercado. Uma mensagem importante que eles querem compartilhar é que nem todos os produtos são criados iguais.

A pv magazine se reuniu com Aldo Teixeira, fundador da maior distribuidora do Brasil, Aldo Solar, e uma celebridade solar no país, que disse que a empresa espera ter um crescimento de 60% a 70% no próximo ano, no pior cenário. Sob o novo CEO da empresa, Juliano Ohta, a distribuidora está se concentrando em educar os integradores solares sobre a importância da qualidade e profissionalismo.

A Ecori Solar, outra das cinco maiores distribuidoras brasileiras de produtos fotovoltaicos, está oferecendo certificações para integradores e planeja trabalhar apenas com empresas que satisfaçam sua certificação no futuro. A empresa possui um centro de treinamento em São Paulo onde oferece cursos de capacitação.

A associação brasileira de energia solar, Absolar, anunciou sua própria certificação voluntária de qualidade durante a Intersolar South America. As empresas serão certificadas em três níveis: mais completo, intermediário e atende aos requisitos básicos.

Demanda crescente

Tanto a Aldo Solar quanto a Ecori Solar preveem que a demanda por sistemas híbridos de energia solar e armazenamento crescerá em 2023, apesar do pouco interesse do mercado em armazenamento no momento, devido ao seu alto CAPEX – um indicador de particular importância no Brasil. Com a Lei 14.300 introduzindo um novo regime de medição líquida a partir de 6 de janeiro de 2023, o armazenamento pode se tornar mais atraente para os prosumidores que, de outra forma, teriam que pagar taxas para injetar energia excedente na rede.

A consultoria Greener apresentou um novo estudo sobre usinas solares em escala de utilidades, relatando que 3,8 GW de projetos estão em desenvolvimento em 2022. A conexão à rede ainda é uma preocupação para 48% das empresas entrevistadas, para as quais o armazenamento também pode ser uma promessa promissora investimento no futuro.