A energia solar fotovoltaica será 65 vezes maior em 2050, o objetivo do 2°C não será alcançado: relatório

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A empresa norueguesa de gestão da qualidade e análise de risco DNV GL publicou a sua Perspectiva Anual de Transição Energética (ETO 2018).

O relatório afirma que a energia solar fotovoltaica será a mais beneficiada na transição energética global. Entre outras descobertas, o documento explica que os custos incorridos pela transição energética não excederão os atuais investimentos em combustíveis fósseis, o que ressalta que um movimento em direção a uma sociedade de baixo carbono é financeiramente viável.

Apesar do rápido crescimento de todos os recursos de energia renovável e da evolução positiva da eficiência energética, os analistas concluem que as atuais ambições não atingirão o objetivo do 2°C do Acordo de Paris, estabelecido em 2015.

A energia fotovoltaica continuará seu crescimento, sugerem analistas. A DNV GL afirma que a capacidade instalada global será multiplicada por um fator de 65 a 2050. Nesse momento, a capacidade acumulada terá atingido 19.000 GW, representando 40% da produção mundial de eletricidade. Cerca de 30% dessa capacidade será instalada em telhados residências ou comercios, enquanto o restante de 13.300 GW terá sistemas de grande escala no solo, diz o relatório, acrescentando que os sistemas no solo representarão 0,3 % da superfície da terra.

O crescimento das energias renováveis ​​e da energia solar fotovoltaica, em particular, será em detrimento da indústria dos combustíveis fósseis. A DNV GL diz que a demanda mundial por eletricidade crescerá por um fator de 2,5 até 2050, enquanto a geração de eletricidade a partir de carvão e gás diminuirá em 60%.

Com a crescente instalação de ativos variáveis ​​de energia renovável, os sistemas de armazenamentos ocupam um lugar central nos sistemas de energia do futuro. O ETO 2018 estipula que até 2050, cerca de 50 TWh de capacidade de armazenamento serão instalados para lidar com a geração de energia variável. Além disso, os analistas estimam que será possível usar 10% da capacidade da bateria de veículos elétricos para reduzir o número de sistemas de armazenamento estacionário.

A DNV GL estima que a frota europeia de veículos elétricos em 2050 poderia fornecer quase todo o armazenamento necessário para serviços de rede.